O objetivo é eliminar qualquer ligação com a versão do TikTok usada na China e garantir a continuidade das operações nos EUA
Objetivo é eliminar qualquer ligação com o TikTok usado na China
O TikTok parece ter encontrado uma alternativa para fugir da possibilidade de banimento da rede social nos Estados Unidos. A empresa estaria desenvolvendo um clone de seu algoritmo de recomendações de vídeos para se adequar a legislação norte-americana.
De acordo com a ByteDance, dona do TikTok, a ideia é lançar uma versão independente da rede social para atender aos 170 milhões de usuários nos EUA. As informações foram divulgadas por fontes anônimas ligadas à empresa e ouvidas pela imprensa norte-americana.
O trabalho para dividir o código-fonte do aplicativo teria começado no ano passado, antes do presidente Joe Biden sancionar a lei que estabelece a obrigatoriedade da venda das operações da plataforma até janeiro de 2025. Centenas de programadores estão atuando para eliminar qualquer ligação com a versão do TikTok usada na China, conhecida como Douyin, e com informações vinculadas a usuários chineses.
O algoritmo da rede social é apontado pela ByteDance como o fator que contribuiu para a popularidade da ferramenta. O código é usado para fazer recomendações personalizadas de vídeos com base nas preferências de cada usuário.
Ainda não há qualquer manifestação da Casa Branca sobre a ideia do TikTok. Dessa forma, não é possível ter certeza que esta alternativa acabaria com o impasse envolvendo a rede social. Segundo analistas, isso poderia facilitar a venda deste “clone” para um dono norte-americano. No entanto, a ByteDance já descartou essa possibilidade e parece acreditar que poderá continuar atuando normalmente no país com a nova versão da plataforma.
O que diz a lei aprovada nos EUA
A lei aprovada pela Câmara dos Representantes e pelo Senado dos EUA, e sancionada pelo presidente Joe Biden no final de abril deste ano, prevê a proibição do TikTok no país a menos que a ByteDance venda a rede social para donos norte-americanos.
O prazo para que esta negociação ocorra é de 270 dias, prorrogáveis por mais 90.
Se isso não acontecer, a rede social será banida nos Estados Unidos.
A principal preocupação é em relação ao uso feito dos dados coletados pela plataforma.
A Casa Branca afirma que essas informações seriam enviadas para o governo da China.
A empresa chinesa e até o mesmo o governo do país asiático contestam estas alegações e dizem que os EUA não encontraram evidências de que a rede social represente de fato um risco para a segurança nacional, mas mesmo assim continuam perseguindo a empresa.
Também acusam os norte-americanos de ferirem os princípios da concorrência justa.